Alcolumbre diz que privatização da Eletrobras corre risco de nem ser pautada no Senado

Alcolumbre diz que comunicou Bolsonaro sobre rejeição no Senado, mas presidente ignorou reclamações e encaminhou projeto à Câmara

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse nesta quarta-feira (6) que a Casa segue com grande resistência à privatização da Eletrobras, cujo projeto foi encaminhado pelo presidente Jair Bolsonaro à Câmara dos Deputados na terça-feira (5). Segundo ele, a rejeição é tão forte que é possível que projeto nem seja pautado na Casa. O presidente da Casa também afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que, se houver 50 senadores contrários ao projeto, a Casa pode nem pautar a matéria. Em setembro, Alcolumbre disse ter ouvido resistência à privatização da empresa da maioria dos 48 senadores das duas regiões. Ele ainda afirmou que a privatização de outras estatais, como os Correios, também sofriam rejeição, mas, segundo ele, havia um caminho a ser explorado. "Continuo fazendo a mesma observação. Falei para vários interlocutores do governo que, no Senado Federal, as bancadas do Norte e do Nordeste tinham se manifestado, e outros parlamentares também, em relação à capitalização, privatização da Eletrobras. Mas o governo, assim mesmo, encaminhou a matéria para a Câmara dos Deputados", disse Alcolumbre. Ainda de acordo com ele, "há uma resistência muito grande no Senado em relação a este assunto. Na reunião que eu tive, e que informei para o governo, foi uma reunião das bancadas do Norte e do Nordeste, nós tínhamos 50 senadores. A manifestação de vários senadores dos 50, de serem contrários a esta privatização, eu externei. O governo quis mandar. Agora, vai ser o debate", continuou.