Alexandre de Moraes cobra Bolsonaro por ataques a Lula e propaganda eleitoral antecipada

Em um evento no Palácio do Planalto, o presidente insinuou que a reeleição de Lula seria o retorno do “criminoso” à “cena do crime”

O ministro Alexandre de Moraes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Alexandre de Moraes, ministro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), exigiu explicações de Jair Bolsonaro (PL) por ter praticado propaganda eleitoral antecipada e ter feito ataques ao ex-presidente Lula. A decisão atende uma ação do PT.

No dia 12 de janeiro, Bolsonaro insinuou, em um evento no Palácio do Planalto, que a reeleição de Lula (PT) seria o retorno do “criminoso” à “cena do crime”.

Além disso, o presidente acusou o petista de “lotear ministérios”. As declarações foram transmitidas ao vivo pela TV Brasil, da estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Na ação, o PT solicita que o TSE multe Bolsonaro em R$ 25 mil por ter promovido “verdadeira propaganda antecipada em favor de sua reeleição e negativa” em relação a Lula, segundo a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.

Bolsonaro usa Ciro Nogueira para atacar Lula

Escalado por Bolsonaro para atacar Lula após receber mais uma fatia do orçamento, transferida do Ministério da Economia, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que levou o Centrão ao governo criticou o PT por negociar ministérios em troca de apoio político.

Buscando subterfúgios para defender Bolsonaro, Nogueira disse que a oposição tem “uma dificuldade muito grande para atacar o governo”, defendeu o orçamento secreto no Congresso – que tem sido usado em esquemas de corrupção nos currais eleitorais de deputados comprados pelo governo – e usou o próprio partido para levantar ilações contra Lula.

“O presidente Lula… Poxa, meu Deus, quem não lembra do seu governo? Meu partido mesmo recebeu ministérios naquela época de porteira fechada, se nomeava sem participar, sem crivo do governo federal. É diferente agora. Eu mesmo, quando cheguei aqui na Casa Civil, cheguei com minha chefe de gabinete”, disse Nogueira, ressaltando que é “totalmente diferente” dos governos FHC e do PT.