Alexandre Frota é denunciado pelo MP por falsidade ideológica

O deputado federal teria usado um funcionário como laranja para ocultar movimentações financeiras em empresa que seria dele

O deputado deferal Alexandre Frota - Foto: Valter Campanato/Agencia Brasil
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O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo nesta quarta-feira (23) por falsidade ideológica em razão de alterações promovidas no quadro societário de duas empresas de publicidade de São Paulo que seriam "fachada".

“Tendo em conta o intuito de prejudicar direito e alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante quanto ao real pertencimento de tais empresas de publicidade denunciou Alexandre Frota de Andrade e Marcelo Ricardo Silva, cada um, como incursos nas penas do art. 299, caput, por duas vezes (falsidade ideológica na alteração societária das empresas DP Publicidade Propaganda e Eventos Ltda e F. R. Publicidade e Atividades Artísticas e de Espetáculos Ltda”, diz a acusação do MP.

O promotor Marcelo Mendroni, do Grupo Especial de Repressão a Delitos Econômicos (Gedec), afirmou que o deputado "inseriu ou fez inserir declaração falsa em documentos apresentados à Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) com o objetivo de prejudicar direito e/ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante" nos dias 17 de julho de 2017 e 22 de março de 2018.7

Nessas datas, Frota passou o nome de duas empresas para Marcelo Ricardo Silva, seu funcionário. Em uma delas, ele voltou para o quadro societário posteriormente.

"O ora denunciado Alexandre Frota Andrade se valeu de seu então assessor parlamentar para repassar suas empresas para nome dele para, em troca, utilizar a conta corrente dele (de Marcelo Ricardo Silva) para receber valores cujas origens desejava ocultar", diz ainda a denúncia.

Frota não respondeu a questionamentos da imprensa e está com todas as redes sociais desativadas desde semana passada.

Confira aqui a íntegra da denúncia, obtida pelo colunista Fausto Macedo

Com informações do G1 e do Estadão