Aliados de Doria e Alckmin barram CPI de Paulo Preto na Alesp

Deputado próximo de Alckmin teria agido junto ao presidente da Alesp para travar CPI

Geraldo Alckmin e João Dória - Arquivo
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Desde 2019, a CPI da Dersa, apresentada pela ex-deputada Beth Sahão (PT), estava à espera de ser instalada na Assembleia Legislativa de São Paulo. A instalação seria finalmente efetivada em 2021, mas foi travada por manobra de aliados do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do governador João Doria (PSDB).

Segundo informações dos jornalistas José Marques e Carolina Linhares, da Folha, o deputado federal Campos Machado (Avante) levantou uma questão de ordem contra a CPI no começo do ano e ela ainda não foi respondida pelo presidente da Casa, Carlão Pignatari (PSDB).

Machado é próximo de Alckmin e Pignatari é aliado de Doria. O questionamento e a demora na resposta travam a criação da comissão na Alesp.

As investigações da CPI envolveriam possíveis irregularidades envolvendo Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da da estatal paulista Dersa e operador financeiro ligado ao PSDB. Ele foi diretor da empresa de construção e manutenção de rodovias, de 2005 a 2010, durante os governos de Geraldo Alckmin e José Serra, do PSDB.

No requerimento apresentado, Machado alegou que não há fato determinado que justifique a comissão parlamentar de inquérito.