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O Alto Comando do Exército fez uma reunião extraordinária na tarde desta quarta-feira (19) para "analisar" as consequências de uma possível soltura de Lula. A possibilidade foi aberta com a decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), mais cedo, que suspendia as prisões de pessoas que não tiveram todos seus recursos julgados, como é o caso de Lula.
Ao portal UOL, dois generais que fazem parte do Alto Comando informaram que o momento é de "observação", mesmo que o Exército não tenha competência legal para agir sem ordens do poder Executivo.
De acordo com outro general que falou com o portal, o clima de "tensão" é o mesmo da véspera da prisão de Lula em abril, quando o comandante do Exército, general Villas Bôas, chegou a fazer um tuíte em tom de ameaça para que não fosse concedido um habeas corpus ao petista.
A reunião foi realizada antes da decisão do presidente do STF, Dias Toffoli, que derrubou a liminar de Marco Aurélio. De acordo com o ministro, o tema sobre prisão antes do trânsito em julgado deverá ser analisado pelo colegiado da Corte no ano que vem, já que o Supremo entrou de recesso nesta quarta-feira.