Alunos do Mackenzie fazem atos contra colega que ameaçou matar a “negraiada”

“A gente está correndo risco de vida. A gente não pode ir para a faculdade com medo de morrer”, disse aluno do Coletivo Negro Afromack

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Alunos da Universidade Presbiteriana Mackenzie fizeram dois atos nesta terça-feira (30) contra declarações do colega Pedro Baleotti, que gravou vídeos, no domingo (28), armado e com frases racistas. Os alunos lotaram o pátio da universidade com palavras de ordem contra o racismo. Segundo uma integrante do Coletivo Negro Afromack, que não quis se identificar por questões de segurança, os alunos estão muito preocupados com as declarações porque o rapaz aparece em outro vídeo com uma arma na mão. “A gente está correndo risco de vida. A gente não pode ir para a faculdade com medo de morrer. A gente pede que ele seja expulso, porque mesmo suspenso ele poderia entrar na faculdade. Não dá para conviver com uma pessoa que fez isso. E ele não pode ser um advogado”, afirmou a estudante ao G1. “Os próprios colegas do Direito que souberam do vídeo tomaram providências de acionar as instituições. Como tinha uma conotação racial, nós do coletivo tomamos frente do que estava acontecendo. Somos minoria da minoria dentro do Mackenzie e o que a gente pede é que os outros alunos que repudiam o ato se juntem com a gente para que isso não ocorra mais”, disse. O vídeo viralizou na internet e Baleotti, por conta do episódio, foi demitido na tarde da segunda-feira (29) do escritório onde trabalhava. Segundo e empresa, Pedro já não faz mais parte do quadro de funcionários. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) deverá investigar o caso e o rapaz pode correr o risco de perder a possibilidade de advogar futuramente. Baleotti falou à reportagem do G1 por telefone nesta terça-feira e pediu perdão pelas declarações: “Só queria pedir perdão pelos sentimentos que eu causei nas pessoas que se sentiram até ameaçadas, enfim, agredidas, pela contundência do meu áudio aí completamente infeliz”.