Alvo de prisão, Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, é caçada pela polícia no RJ

O secretário estadual de Educação do Rio, Pedro Fernandes, também teve mandado de prisão. No entanto, ele apresentou teste positivo para Covid-19 e deverá permanecer em casa

Roberto Jefferson e Cristiane Brasil (Foto: PTB)
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpre nesta sexta-feira (11) um mandado de prisão contra a ex-deputada federal Cristiane Brasil, filha do também ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, aliado de Jair Bolsonaro. Cristiane atuou como secretária de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida na Prefeitura do Rio e já foi cotada para o Ministério do Trabalho no governo Temer.

De acordo com a Globo News, advogados da ex-deputada estão negociando com a Secretaria de Polícia Civil para que ela se entregue ainda nesta sexta-feira. Mais cedo, policiais estiveram no prédio em que ela mora, em Copacabana, mas não a encontraram. Os agentes, no entanto, apreenderam documentos no apartamento.

O secretário estadual de Educação do Rio, Pedro Fernandes, também recebeu mandado de prisão nesta segunda fase da Operação Catarata, que investiga desvios em contratos de assistência social no governo do estado e na Prefeitura do Rio. Ao receber voz de prisão, no entanto, Pedro apresentou um teste positivo para Covid-19 e, com isso, deverá permanecer em casa. A informação é do G1.

De acordo com o Ministério Público do Rio, Pedro é investigado por suspeita de fraude em licitações durante sua gestão na Fundação Estadual Leão XIII, cargo que ocupou antes de assumir a Secretaria de Educação a convite do governador afastado Wilson Witzel (PSC).

Ao todo, foram expedidos cinco mandados de prisão e seis de busca e apreensão. Além de Pedro e Cristiane, também foram presos na operação o empresário Flavio Salomão Chadud, o ex-delegado Mario Jamil Chadud, pai de Flavio, e o ex-diretor de administração financeira da Fundação Leão XIII, João Marcos Borges Mattos.

Os contratos que estão sob investigação foram firmados entre 2013 e 2018. Ao todo, o MP calcula que fraudes custaram quase R$ 120 milhões aos cofres públicos. A Procuradoria afirma ainda que foram cobradas vantagens de até 25% do valor acertado.