Amigo de pescaria de Bolsonaro no Natal, Ratinho deve 76,4 milhões de reais à União

As dívidas fiscais são de responsabilidade da empresa Agropastoril Café no Bule Ltda, que tem como sócios Ratinho, sua esposa e os três filhos, sendo um deles o governador do Paraná

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Jair Bolsonaro e o apresentador Carlos Roberto Massa, conhecido como Ratinho, têm uma relação muito próxima. A última aparição de ambos juntos foi na terça-feira (22), durante uma pescaria, às vésperas do Natal, em Santa Catarina.

“Tô aqui com o ministro Faria (Fábio, das Comunicações), com o coronel e, mais importante de tudo, (Bolsonaro) vai pescar, é gente como a gente; E ainda com o Secretário da Pesca”, disse Ratinho, em um vídeo postado nas redes sociais.

Mesmo com a proximidade com o poder, o apresentador do SBT deve R$ 76,4 milhões em impostos à União. Uma parte dessa quantia se refere a dívidas com a Previdência, de acordo com reportagem de Igor Carvalho, do Brasil de Fato, publicada em maio de 2019.

As dívidas fiscais acumuladas são de responsabilidade de um dos empreendimentos de Ratinho, a Agropastoril Café no Bule Ltda.  A empresa, com sede em Apucarana, no Paraná, administra as fazendas da família Massa.

Além de Ratinho, os sócios da empresa são sua esposa, Solange Martinez Massa, e os três filhos, Gabriel Martinez Massa, Rafael Martinez Massa e Carlos Roberto Massa Jr, o Ratinho Jr (PSD), governador do Paraná.

O apresentador do SBT é ferrenho apoiador do governo Bolsonaro e chegou a ser contratado para defender a Reforma da Previdência.

Garotos-propaganda

No primeiro ano de mandato, Bolsonaro contratou vários apresentadores para defender a Reforma em seus programas. Além de Ratinho, Luciana Gimenez, Rodrigo Faro, Milton Neves, Ana Hickmann e José Luiz Datena passaram a fazer propaganda do projeto.

No entanto, o maior beneficiado foi Ratinho, que sozinho recebeu R$ 915 mil para bajular a Reforma do governo.

Dentro do pacote constavam entrevistas com Jair Bolsonaro, seu filho, Eduardo, além do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan.