Amoêdo, MBL e VemPraRua lançam manifesto pelo impeachment de Bolsonaro

Apesar da carta, a bancada do Partido Novo tem se posicionado contra o impedimento do presidente

Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)
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João Amoêdo, fundador do Partido Novo, Movimento Brasil Livre (MBL) e o VemPraRua divulgaram nesta quinta-feira (21) um abaixo-assinado em que pedem o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

"O Presidente Bolsonaro é um mal para o Brasil e não podemos nos omitir, caberá a nós, o povo, o dever de trabalhar para que ele seja afastado. Se você concorda com abertura do processo de impeachment, assine esse abaixo assinado e saiba que a missão de tirar Bolsonaro do poder acabou de dar o seu primeiro passo", diz trecho do manifesto.

Segundo os movimentos, o presidente cometeu cinco crimes de responsabilidade: quebra de decoro; abuso de poder; opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário; impedir por violência, ameaça ou corrupção, o livre exercício do voto; e crime contra a existência politica da União ao cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira.

A mensagem, no entanto, não explicita em que ocasião teriam ocorrido tais ações. Nesta quinta, a Folha de S. Paulo listou 23 situações que podem embasar impeachment de Bolsonaro. Juristas ouvidos pela Fórum nas últimas semanas também apontaram um leque de possíveis crimes cometidos pelo presidente, em especial durante a pandemia.

A união de forças da direita acontece no mesmo momento em que a pauta do impeachment do presidente ganha nova força, principalmente por conta do novo colapso do sistema de saúde de Manaus, que registrou mortes de pacientes por falta de oxigênio.

Enquanto a população reconhece a responsabilidade de Bolsonaro no atraso das vacinas, a oposição se articulamobilizações são convocadas e as buscas sobre impeachment disparam no Google.

Esse manifesto dos ex-bolsonaristas, no entanto, esbarra em algumas questões, como a recusa da bancada do Novo em apoiar o impeachment. O deputado Marcel Van Hattem, líder do partido na Câmara, disse à Jovem Pan que um processo de impeachment contra Bolsonaro seria um "tumulto na democracia".