Apavorado com CPI, Wizard diz agora que está sem passaporte

Wizard é apontado como um dos integrantes do chamado “gabinete paralelo” que orientou Bolsonaro a seguir rumos anticientíficos

Jair Bolsonaro, Nise Yamaguchi e o empresário Carlos Wizard (Reprodução)Créditos: Presidência da República
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O empresário bolsonarista Carlos Wizard continua apavorado com a possibilidade depor na CPI do Genocídio. Sua defesa pediu, nesta quarta-feira (16), que seja reconsiderada a decisão do comando do colegiado que indeferiu seu depoimento na modalidade virtual.

A manifestação é assinada pelo advogado Adelmo da Silva Emerenciano.

O defensor afirma na manifestação não ser possível encaminhar cópia integral do passaporte de Wizard, que mora em Orlando, na Flórida (EUA), por não estar portando o documento “nesse momento”. Segundo o advogado, o empresário “de nada foi notificado” e não recebeu o documento de intimação.

O advogado pediu ainda que o colegiado disponibilize “imediatamente todos e quaisquer documentos, inclusive de natureza digital, pertinentes e que dão azo às acusações atinentes à conduta de Carlos Wizard Martins”.

O empresário bilionário foi convocado para depor na CPI do Genocídio no dia 17 de junho.

A CPI decidiu pedir a condução coercitiva de Wizard após ele ignorar a notificações de convocação feitas pela comissão. Wizard é apontado como um dos integrantes do chamado “gabinete paralelo” que orientou o presidente Jair Bolsonaro a seguir rumos anticientíficos.

Ministério da Saúde paralelo

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello citou Wizard em seu depoimento à CPI. Ele afirmou ter sido aconselhado pelo empresário e que chegou a oferecer um cargo a ele na sua pasta.

Em entrevista à TV Brasil em 2 de julho passado, ao lado da médica Nise Yamaguchi, Wizard, que foi apresentado como “empreendedor social”, disse que organizou um grupo de médicos em um conselho científico independente que compartilhava com o tratamento precoce com a população.

O conselho seria o tal “ministério da Saúde paralelo”. Ele disse ainda ter passado um mês em Brasília no ano passado como conselheiro do então ministro e confirmou ter sido convidado por ele para assumir uma secretaria.

Com informações do Metrópoles