Apesar de demitir secretário nazista, Bolsonaro recusa convite de Israel para evento anti-semitismo

O 5º Fórum Mundial do Holocausto, importante evento de Israel que Bolsonaro recusou o convite, acontece exatamente uma semana após o vídeo nazista publicado por Roberto Alvim

Bolsonaro com o "sósia" de Hitler - Foto: Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro recusou participação no 5º Fórum Mundial do Holocausto, em Jerusalém. O evento é organizado pelo governo de Israel e reúne autoridades do mundo todo, como presidente Vladimir Putin, da Rússia, Emmanuel Macron, da França, e o vice-presidente dos EUA, Mike Pence. A participação do presidente poderia ajudar a melhorar a imagem do governo após a publicação de vídeo com referências nazistas por parte do ex-secretário de Cultura, Roberto Alvim. Segundo os jornalistas Jamil Chade e Bruno Aragaki, do UOL, o Itamaraty afirmou que "governo israelense consultou o Brasil sobre a possibilidade de ida ao evento do Presidente Jair Bolsonaro, que declinou em virtude de visita à Índia". Segundo a chancelaria, o embaixador do Brasil em Israel irá representar o país. O evento "Relembrando o Holocausto: combatendo o anti-semitismo" começa nesta quinta-feira (23), exatamente uma semana depois em que Alvim publicou um vídeo explicitando a correlação de seu projeto cultural com as iniciativas de propaganda nazistas. O objetivo era divulgar o Prêmio Nacional das Artes, apresentado horas antes em live com a participação do próprio presidente. Na gravação ele usou uma frase do ministro da Propaganda nazista, Joseph Goebbels, e adotou toda uma estética similar à usada pelos nacionais-socialistas – incluindo trilha sonora de Ópera exaltada por Aldolf Hitler. Especula-se que a demissão de Alvim aconteceu por influência direta do embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, demonstrando que a atitude de Alvim gerou incômodo no governo israelense.