Após chamar índios de indolentes, vice de Bolsonaro se autodeclara indígena ao TSE

Em declaração no último dia 6, general Mourão disse que o Brasil herdou a “indolência” do povo indígena e a “malandragem” do povo africano

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Hamilton Mourão (PRTB), general da reserva e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), se autodeclarou indígena, ao efetuar seu pedido de registro de candidatura ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo reportagem de Rosanne D’Agostino, do G1. No último dia 6, ele havia declarado, durante evento no Rio Grande do Sul, que o Brasil herdou a “indolência” da cultura indígena e “malandragem” do africano. O fato provocou protestos de entidades.

“Ainda existe o complexo de vira-lata aqui dentro do nosso país, infelizmente, e nós temos que superar isso. E está aí essa crise política, econômica e psicossocial. Nós temos uma herança cultural, uma herança que tem muita gente que gosta do privilégio. Então, essa herança do privilégio é uma herança ibérica, temos uma certa herança da indolência que vem da cultura indígena - eu sou indígena, presidente, meu pai era amazonense. E a malandragem, Edson Rosa, nada contra, mas a malandragem é oriunda do africano. Então, esse é o nosso cadinho cultural. Infelizmente gostamos de mártires, líderes populistas e dos macunaímas”, declarou na oportunidade.  Depois da grande repercussão de sua fala, o candidato a vice disse foi mal interpretado.

[caption id="attachment_138374" align="aligncenter" width="585"] Reprodução TSE[/caption]