Após crítica de Janaína Paschoal sobre "redação sofrível", Dória refaz pacote de privatizações

O tucano sinaliza agora que vai desmembrar o projeto, uma de suas principais promessas de campanha, que englobava diversas empresas públicas de São Paulo

Geraldo Alckmin e João Doria (Foto: Arquivo/Ciete Silverio/A2D)
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De acordo com reportagem desta sexta-feira (12) de Pedro Venceslau e Fábio Leite no portal Terra, a resistência na Assembleia Legislativa - não apenas de partidos de oposição, como PT e PSOL, mas até das legendas que se autoproclamam liberais, como o Novo e o PSL -, levou o governador João Dória (PSDB) a recuar do pacotão de desmonte de empresas estatais paulistas submetido à Casa. O tucano sinaliza agora que vai desmembrar o projeto, uma de suas principais promessas de campanha e que provocou a fúria da deputada estadual Janaína Paschoal (PSL). Ela acusou a “redação sofrível” da matéria. Emplasa, Codasp, Prodesp, Imesp, Dersa e CPOS estavam na mira de um único texto. A insatisfação com a proposta levou parlamentares do PT, PSOL, Novo e PSL a esvaziarem o Plenário, obstruindo sua votação. Os deputados do partido de Bolsonaro, embora defendam privatizações, dizem que o texto dá um cheque em branco ao governador. Janaína já havia dito que o projeto não define o que exatamente ocorrerá com cada empresa, quem assumirá a responsabilidade pelos serviços e qual destino será dado aos funcionários e ao dinheiro angariado "Não houve análise de custo e abertura do fluxo de caixa. Por que abrir mão dessas empresas?", questionou a deputada Mônica Seixas, do PSOL. Já a bancada petista ameaça obstruir todas as votações até que a Assembleia aprove a instauração de CPI para investigar denúncias de corrupção na Dersa em governos do PSDB.