Após críticas, Lava Jato recua e pede suspensão de fundação com dinheiro da Petrobras

Ivan Valente (PSOL) havia enviado à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, um documento solicitando providências contra a criação da fundação, que ele chamou de “obscena afronta à Constituição”

Foto: Agência Brasil
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Depois da forte reação de vários setores da sociedade, os procuradores da Operação Lava Jato recuaram e decidiram pedir a suspensão da criação de uma fundação privada, que seria responsável por gerir recursos de R$ 2,5 bilhões da Petrobras. Em nota divulgada nesta terça-feira (12), o órgão afirmou que “diante do debate social existente sobre o destino dos recursos, a força-tarefa está em diálogo com outros órgãos na busca de soluções ou alternativas que eventualmente se mostrem mais favoráveis para assegurar que os valores sejam usufruídos pela sociedade brasileira”. “A força-tarefa da Lava Jato no MPF/PR informa que vem mantendo tratativas com a Advocacia-Geral da União e a Petrobras e optou por propor, ao juízo que homologou o acordo, a suspensão dos procedimentos para constituição da fundação que daria uma destinação de interesse público para os recursos depositados em conta judicial”, afirma a nota do MPF. A ideia, aprovada pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, era repassar metade de R$ 2,5 bilhões para uma fundação privada, com objetivos obscuros. A outra metade do dinheiro seria usada em eventuais ressarcimentos que a Petrobras tenha de fazer a acionistas que se sentiram lesados. PSOL na PGR O deputado federal Ivan Valente (PSOL) havia enviado à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, um documento solicitando providências contra a criação da fundação da Lava Jato, com dinheiro da Petrobras, que ele chamou de “obscena afronta à Constituição”.

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