Após desculpa de Pazuello para fugir da CPI do Genocídio, Renan Calheiros propõe solução: "Basta ele fazer o teste de Covid"

Ex-ministro da Saúde, cujo depoimento é o mais aguardado da comissão, disse que não vai se apresentar ao colegiado sob a alegação de que entrou em contato com casos confirmados de Covid

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O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, a CPI do Genocídio, deve insistir para que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se apresente à ao colegiado. Seu depoimento, o mais aguardado da comissão, estava marcado para esta quarta-feira (5), mas o general disse que não vai participar, dando a desculpa de que entrou em contato com dois assessores que testaram positivo para a doença do coronavírus.

À coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, Calheiros propôs uma solução: "O ministro Pazuello não precisa ficar de quarentena; basta ele fazer o teste, o que seria já uma demonstração de boa vontade com a Comissão Parlamentar de Inquérito".

A ideia de o ex-ministro fazer uma quarentena caso realmente tenha contraído o vírus foi dada pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). A sugestão foi acatada e a participação do ex-titular da Saúde foi remarcada para o próximo dia 19. A oposição no Senado, entretanto, estuda tomar medidas para garantir a presença de Pazuello, como solicitar uma perícia médica.

O general ficou à frente do Ministério da Saúde entre maio de 2020 e março de 2021 e, durante sua gestão, fora observados recordes sucessivos no número de mortes por Covid.

Ele terá que falar, entre outras coisas, sobre aquisição de vacinas, indicação de remédios sem eficácia comprovada contra a Covid e o colapso na saúde de Manaus (AM), com falta de cilindros de oxigênio.

A excesso de zelo de Pazuello para escapar da CPI causou estranheza, afinal o ex-ministro foi flagrado passeando sem máscara de proteção em shopping de Manaus no final de abril.