O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou em entrevista à jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, nesta segunda-feira (30), que a decisão do governo do estado em decretar o retorno da fase amarela um dia após o resultado das eleições municipais não foi pautada pelo calendário eleitoral.
Constrangido, o tucano desconversou ao ser questionado sobre a decisão e disse que seu compromisso sempre foi de "seguir a ciência", alegando também que os números da pandemia do coronavírus são públicos.
"Estamos aguardando essa decisão do governo do estado. Na cidade de São Paulo, os números são disponíveis, a população vem acompanhando a situação da pandemia", disse o prefeito.
"A vigilância depois vai se pronunciar. O município sempre foi muito mais cauteloso na liberação. Em nenhum momento nos pautamos por calendário eleitoral. Para a prefeitura teria sido muito mais fácil não ter se envolvido e ter deixado para o governo do estado. Aqui, vamos seguir a vigilância sanitária", completou. "Nosso compromisso sempre foi seguir a ciência", disse.
Em outro momento da entrevista, Bruno Covas reiterou que não pretende decretar lockdown na cidade de São Paulo e chamou a possibilidade de "alarmista". A capital paulista enfrenta um aumento no número de pessoas infectadas com coronavírus.
"Não há espaço para um discurso alarmista de que teremos um novo lockdown. [...] Isso nunca foi feito, nem na fase mais dura", disse.
As medidas restritivas que serão anunciada por João Doria (PSDB) vão focar em bares, restaurantes e cinemas. Na terça-feira (1º), também deve acontecer uma reunião entre o governo estadual de São Paulo com os prefeitos das regiões mais críticas: ABC Paulista, Baixada Santista e Sorocaba.