Após pouco mais de um mês no cargo, secretário de Saúde do Rio pede demissão

Fernando Ferry vinha sofrendo pressão para continuar pagando contratos firmados durante a pandemia que têm sido alvo de investigações

Foto: Reprodução TV Globo
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Pouco mais de um mês após assumir, o secretário Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Fernando Ferry, anunciou sua demissão do cargo nesta segunda-feira (22). A equipe que atuava com ele também deve deixar a pasta.

“Hoje estou pedindo exoneração do meu cargo de secretário de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Queria dizer que eu tentei. Eu agradeço ao governador por ter me dado esta oportunidade de tentar resolver estes graves problemas que estamos vendo na saúde. Eu só queria dizer mais uma coisa: peço desculpas à população. Mas a única coisa que eu tenho a falar: eu tentei. Obrigado e espero que vocês me desculpem”, disse Ferry em vídeo enviado ao Bom Dia Rio.

Um dos motivos alegados para a demissão teria sido a pressão que Ferry vinha sofrendo para continuar pagando contratos firmados durante a pandemia que têm sido alvo de investigações.

Entre estes contratos estão os de construção dos hospitais de campanha para atender as vítimas da Covid-19 e os de aquisição de equipamentos de saúde. Neste caso, a suspeita é de um esquema de superfaturamento na compra de respiradores.

O Governo do RJ confirmou que o novo secretário de Saúde será o coronel do Corpo de Bombeiros, Alex da Silva Bousquet, de 43 anos. Entre as atividades desempenhadas, ele é médico do Grupamento de Socorro de Emergência e trabalhou no Instituto de Assistência aos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj).

Na semana passada, o Ministério Público Federal denunciou 17 pessoas "por danos à Saúde do RJ" em decorrência da Operação Favorito, um desdobramento da Lava Jato, deflagrado no dia 14 de maio, que mirava contratos suspeitos. Entre os denunciados estão o empresário Mário Peixoto e o ex-deputado estadual Paulo Melo.

Com informações do G1