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A possibilidade de revisão ocorre diante das suspeitas dos investigadores do Ministério Público Federal (MPF) de que o empresário Joesley Batista e outros delatores ligados à empresa esconderam informações da Procuradoria-Geral da República
Por Redação*
Em coletiva de imprensa realizada no final da tarde desta segunda-feira (4), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou que abriu uma nova investigação para avaliar a omissão de informações nas negociações das delações de executivos da JBS. Caso comprovada a omissão, o acordo poderá ser anulado. d
De acordo com o procurador, a ideia de reavaliar as delações surgiu a partir de novas gravações de delatores recebidas pela procuradoria na semana passada.
"Áudios com conteúdo gravíssimo foram obtidos na quinta-feira. A análise de tal gravação revelou diálogos entre dois colaboradores com referências indevidas à PGR e ao Supremo Tribunal Federal", afirmou. "O MPF atuou na mais absoluta boa-fé nesse acordo. Se ficar provada qualquer ilicitude, o acordo poderá ser rescindido, poderá chegar até a rescisão. A eventual rescisão não invalida as provas até então oferecidas", completou o procurador.
Apesar da possibilidade de anular o acordo com a JBS, Janot defendeu a delação premiada como instrumento para investigações e que deve ser preservado. De acordo com Janot, se os executivos da JBS erraram, deverão pagar por isso, mas "não desqualificará o instituto [da delação premiada].
Confira aqui a íntegra do despacho de Janot em que anuncia a revisão da delação.
*Com Agência Brasil