O novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, fez uma nova edição em seu currículo lattes, nesta segunda-feira (29), e retirou o título de pós-doutorado pela Universidade de Wuppertal, da Alemanha, que constava anteriormente,
Isso porque, mais cedo, também nesta segunda-feira, a universidade veio a público para desmentir o titular do MEC e informar que ele não possui pós-doutorado na instituição.
Agora, no currículo lattes de Decotelli, consta apenas que ele "construiu um projeto de pesquisa intitulado 'Sustentabilidade e Produtividade na automação de máquinas agrícolas', que foi submetido à Bergische Universitat Wuppertal, na Alemanha, tendo por base pesquisa específica que teve o apoio da empresa Krone".
Essa é a segunda edição em seu currículo lattes feita em menos de três dias. Na última semana, logo após o anúncio de sua nomeação como ministro, o reitor da Universidade Nacional de Rosário, da Argentina, também desmentiu Decotelli, dizendo que ele foi reprovado na tese de doutorado da instituição, tendo apenas concluído as disciplinas e, portanto, não tendo obtido o título de doutor. A informação fez com que ele retirasse a menção ao suposto título em seu currículo.
Além dos desmentidos sobre doutorado e pós-doutorado, veio à tona a informação de que o novo ministro teria se utilizado de plágio em em vários trechos do trabalho de conclusão de mestrado na Fundação Getúlio Vargas. Os trechos são similares aos de um documento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Banrisul.
Posse adiada
O governo Bolsonaro decidiu adiar a posse do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, prevista para a terça-feira (30). O motivo principal seria a revisão do currículo do militar economista, que teve a titulação acadêmica contestada por universidades do exterior.
Segundo ministros ouvidos pelo colunista Valdo Cruz, da GloboNews, o Planalto vai fazer uma “checagem completa” no currículo de Decotelli.