Aproximação de Witzel com Toffoli preocupa o clã Bolsonaro

Governador do Rio de Janeiro é visto como um inimigo dentro do PSL pela família do presidente

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O presidente do Superior Tribunal Federal, Dias Toffoli, e governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, viajaram juntos de Brasília até o Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (27). Na capital Fluminense, os dois almoçaram no Palácio Guanabara, sede do governo local. A aproximação do chefe do executivo estadual não é vista com bons olhos por Jair Bolsonaro e seus filhos, que veem nele uma ameça dentro do comando do PSL. Witzel, em seu governo, tem mirado em ações que agrada justamente a base do eleitorado dos Bolsonaro no Rio de Janeiro. Com uma rígida política de segurança pública e afagos à policiais militares, o governador é visto como uma pessoa que pode tirar o poder que a família presidencial tem nesses setores. O filho mais velho do presidente da república, o senador Flávio Bolsonaro, já chegou a pedir que deputados estaduais do PSL deixassem a base de apoio do governo Witzel. A ordem não foi atendida e ainda há integrantes do partido compondo a equipe do governador na gestão estadual. Mesmo com todo esse atrito interno, os Bolsonaro não pretendem deixar o partido, pois entendem que são eles que determinam os rumos da sigla. Essa percepção aumenta ao ver que o presidente da entidade, Luciano Bivar, não consegue resolver os problemas nos quais está envolvido e sobra sempre para o presidente e seus filhos a missão de contornar as diversas confusões que ocorrem entre os correligionários. O clã também entende que não teira espaço em um partido maior, pois as melhores vagas já estão preenchidas, assim como entrar em uma sigla menor daria um grande trabalho para montar uma base como hoje já existe no PSL.