Aras dá prazo de 3 dias para avaliar afastamento de Bolsonaro

Ação movida contra o presidente aponta que Bolsonaro cometeu crimes de difusão de doença ou praga e omissão de notificação de doença

Jair Bolsonaro e Augusto Aras (Agência Brasil)
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O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, já está em posse do pedido de afastamento do presidente Jair Bolsonaro enviado a ele pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello.

O requerimento, baseado em notícia-crime apresentada pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), chegou ao gabinete do procurador por volta das 11h desta terça-feira (31) e ainda não teve resposta.

Em entrevista aos jornalistas Osvaldo Lyra e Turi Abreu, do portal Muita Informação, Aras afirmou que ainda não teve tempo de avaliar o texto e disse que uma decisão vai demorar ao menos três dias para ser tomada.

"O pedido chegou agora ao meio-dia ao meu gabinete e eu fui comunicado. Vou começar a estudar o caso agora à tarde, mas a imprensa tem a pressa que eu não posso ter. Não posso me manifestar sem antes estudar o caso. Não vou conseguir responder a essa pergunta em menos de três dias", afirmou.

O documento apresentado pelo deputado do PT elenca uma série de episódios em que o presidente minimizou o surto da Covid-19 – detalhando uma série de adjetivações usadas pelo ex-capitão – e aponta que ele “incentivou ostensivamente o descumprimento das medidas de isolamento recomendadas pela Organização Mundial da Saúde e pelo próprio poder executivo”.

Caso a PGR aceite a notícia-crime, Câmara será consultada para autorizar ou não o seguimento da Ação Penal e, em caso positivo, Bolsonaro será afastado por 180 dias. Em caso de crime transitado em julgado, o presidente perde o mandato.