Aras diz não acreditar que Adélio Bispo tenha agido só e defende aprofundamento de investigações

“Não me parece crível pelo modus operandi em que agiu Adélio que o atentado à vida do atual presidente tenha sido um mero surto de quem quer que seja”, disse o novo PGR

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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Em entrevista ao Estadão, publicada nesta quarta-feira (2), o novo procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu o aprofundamento das investigações sobre o ataque sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), no ano passado, por acreditar que Adélio Bispo de Oliveira não agiu como um “lobo solitário” ao dar uma facada no então candidato do PSL. “Ainda é tempo de buscar a verdade real do atentado”, disse Aras, reproduzindo o discurso do próprio presidente, que o indicou ao cargo. O procurador-geral toma posse nesta quarta-feira para um mandato de dois anos. “Acredito que devesse merecer aprofundamento das investigações. Não me parece crível pelo modus operandi em que agiu Adélio que o atentado à vida do atual presidente tenha sido um mero surto de quem quer que seja.” Entre as razões para novas investigações, Aras citou “uso de uma arma branca, a suspeita de copartícipes na multidão, a tentativa de confundir as apurações com a entrada de pessoas com o mesmo nome na Câmara, o surgimento de advogados que não foram contratados por alguém conhecido são elementos que precisam ser investigados”. Ao ser perguntado se a PGR pode pedir providências sobre o caso, Aras disse que “esse assunto precisa ser tratado pelos advogados do presidente neste momento”.    

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