Arroz de festa do Planalto, Ricardo Barros desaparece após denúncias

Após denúncias consecutivas envolvendo seu nome com propina na compra de vacinas, o líder do governo não aparece em cerimônia no Palácio

Ricardo Barros - Antonio Cruz/Agência Brasil
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O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) é arroz de festa nas cerimônias no Palácio do Planalto. Na noite desta terça-feira (29), no entanto, ele não deu as caras.

De acordo com informações do Painel, da Folha, o líder do governo desta vez preferiu se esconder. Ele avisou que não estaria presente para evitar aparecer no meio das denúncias sobre a compra da Covaxin, que atingiram também seu nome.

Após a divulgação da denúncia bomba de que o Ministério da Saúde de Bolsonaro teria pedido propina para uma empresa que intermediaria venda de doses da vacina Oxford/Astrazeneca, Ricardo Barros foi às redes sociais para negar que tenha envolvimento com o esquema ilegal.

A denúncia foi feita ao jornal Folha de S. Paulo por Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply. Segundo ele, a proposta de propina, que seria de 1 dólar por cada uma das 400 milhões de doses do imunizante que seriam compradas, foi feita pelo diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, que foi, segundo o jornal, indicado ao cargo por Barros. O deputado, inclusive, é apontado como envolvido diretamente na negociata com indícios de corrupção na compra da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19.

“Em relação à matéria da Folha, reitero que Roberto Ferreira Dias teve sua nomeação no Ministério da Saúde no início da atual gestão presidencial, em 2019, quando não estava alinhado ao governo. Assim, repito, não é minha indicação. Desconheço totalmente a denúncia da Davati”, escreveu Barros em seu Twitter. Em outras palavras, o parlamentar responsabilizou Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, titular da pasta à época, pela nomeação do suposto corruptor.

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