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Um dos principais artífices do golpe militar que arrancou Dilma Rousseff (PT) da Presidência - ao lado do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha -, Michel Temer (MDB) foi para a cadeia três meses após deixar o poder adulando Jair Bolsonaro (PSL).
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Antes de entregar a faixa presidencial a Bolsonaro, Temer chegou a baixar um decreto autorizando o abate de aviões e uso de mísseis na posse do capitão - medida inédita em cerimônias de posse presidencial, válida apenas por 24 horas.
Como uma das barganhas, ganhou a manutenção no cargo na direção de Itaipu de um de seus principais aliados, o ex-ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun.
Alçado à Presidência após ser parte por décadas de um congresso mergulhado na fisiologia política, Temer foi tido como "arauto da moralidade" pelos ex-colegas de parlamento e grande parte da mídia, chegando a receber prêmios em revistas alinhadas, como a Istoé.
Próximo a Bolsonaro, com quem conviveu por décadas no Legislativo, Temer saiu em defesa do ex-colega de Câmara em uma de suas últimas entrevistas, dizendo que era preciso "dar crédito" ao capitão, que deveria ser poupado das críticas na crise que levou à exoneração do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.
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