Assessora de Flávio Bolsonaro é a mesma do vídeo: “ONU precisa ser demitida do governo"

Ela é acusada de repassar 59% da verba pública que recebeu para fazer a campanha para o cargo de deputada federal para o próprio marido

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A jornalista Elisangela Machado dos Santos de Freitas, administradora do perfil República de Curitiba no Facebook, acusada de repassar 59% da verba pública que recebeu para fazer a campanha para o cargo de deputada federal para o próprio marido, é a mesma que fez o vídeo durante as eleições onde pede a “demissão da ONU do governo brasileiro”. O protesto da candidata ocorreu em agosto do ano passado, logo após a entidade ter se posicionado favoravelmente à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso em Curitiba (PR). O vídeo viralizou durante a campanha. Aliada de Jair Bolsonaro (PSL), Elisa corta com uma tesoura um papel com o timbre oficial da organização internacional, classificada por ela como “bunker do socialismo”. “Chega dessa influência nefasta que ela tem tido sob nosso país, patrocinando governos socialistas desde Fernando Henrique, Lula, Dilma e Temer”, ataca. Derrotada, a jornalista foi contratada para trabalhar no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PSL/RJ). Segundo a reportagem, a jornalista disputou uma vaga na Câmara Federal como Elisa Robson, pelo PRP do Distrito Federal. Administradora do perfil República de Curitiba, página simpática a Jair Bolsonaro, Elisa, que se apresentava nas redes como “a federal do Bolsonaro no DF”, recebeu R$ 25 mil do fundo criado para financiar campanhas políticas e sua maior despesa, R$ 14,9 mil (59% do total), foi com o próprio marido, o engenheiro Ronaldo Robson de Freitas.