Atividade econômica no Brasil despenca 11,43% nos três meses de isolamento

O Brasil não registrou uma queda tão intensa da atividade econômica em um mesmo período nem na crise fiscal de 2015 e 2016 nem na turbulência global de 2008

Paulo Guedes e Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)
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A atividade econômica no Brasil despencou 11,43% em apenas três meses, de março a maio, em consequência da crise provocada pelo coronavírus, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (14), pelo Banco Central.

No período, o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) passou de 139,84 pontos para 120,42 pontos.

O recuo porcentual para um período de três meses é o maior de toda a série histórica do BC, iniciada em janeiro de 2003.

O Brasil não registrou uma queda tão intensa da atividade econômica em um mesmo período nem na crise fiscal de 2015 e 2016 nem na turbulência global de 2008.

O governo considera que o pior momento já passou. Os dados do BC de fato sugerem um início de retomada, pois os meses de março a maio correspondem ao de maior isolamento social nas cidades brasileiras.

A retomada da atividade em maio, no entanto, ficou abaixo da expectativa do mercado financeiro. Conforme levantamento do Projeções Broadcast, economistas esperavam por alta entre 1,90% e 7,20% da atividade econômica em maio, após a forte retração de abril (-9,45%).

A atividade econômica está longe dos níveis registrados no ano passado, quando a economia também estava em processo de recuperação, de acordo com o BC.

Considerando apenas maio, o IBC-Br despencou 14,24% em relação ao mesmo mês do ano passado, na série sem ajustes sazonais. De março a maio, o IBC-Br cedeu 10,22% em relação ao mesmo período de 2019.

Com informações do Estadão