Ativistas do movimento negro fecham Radial Leste, em São Paulo, contra assassinato de Marielle

Grupo de manifestantes acusa o Estado brasileiro pelo brutal homicídio da socióloga e ex-vereadora e reafirmam: “Vidas negras importam”

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[caption id="attachment_129452" align="alignnone" width="850"] Entre as palavras de ordem escritas, uma afirma que “Marielle Vive” e outra utiliza os termos pronunciados pelo movimento negro norte-americano, “Black Lives Matter”, que em português significa “Vidas negras importam” - Foto: Alma Preta[/caption] Um grupo de ativistas fechou a Avenida Radial Leste, em São Paulo, na manhã desta quarta-feira (28), como forma de protestar contra o assassinato da socióloga e vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e o motorista Anderson Gomes, no último dia 14, no Rio de Janeiro. Segundo o site Alma Preta, os manifestaram atearam fogo em pneus, bloqueando a passagem dos carros e esticaram uma faixa com mensagens de denúncia à violência do Estado contra a população negra. Um dos escritos diz “Estado Assassino”, e outro anuncia que “Perdemos muito, inclusive o medo”. Entre as palavras de ordem escritas, uma afirma que “Marielle Vive” e outra utiliza os termos pronunciados pelo movimento negro norte-americano, “Black Lives Matter”, que em português significa “Vidas negras importam”. No ano de 2012, 9.667 brancos morreram por armas de fogo enquanto 27.683 negros perderam a vida da mesma maneira. Na população jovem, os números comparativos são de 5.068 brancos contra 17.120 negros. Enquanto a taxa de óbitos para cada 100 mil habitantes de brancos era de 11,8, a de negros, 28,5.