Atletas "fantasmas" eram usados para desviar verba do Ministério do Esporte

Em 2012, grupo conseguiu forjar criação de 25 atletas inexistentes, diz investigação. Fraude teria movimentado pelo menos R$ 810 mil.

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Em 2012, grupo conseguiu forjar criação de 25 atletas inexistentes, diz investigação. Fraude teria movimentado pelo menos R$ 810 mil. Da Redação* O Bolsa Atleta está sendo alvo de investigações por parte da Polícia Federal. A suspeita é que uma quadrilha promovia um golpe, inserindo dados de atletas "fantasmas" nos sistemas do Ministério do Esporte. O objetivo era desviar recursos do programa. Ao todo, são cumpridos seis mandados de busca e apreensão e seis mandados de condução coercitiva – quando a pessoa é levada para depor – nesta sexta-feira (18). As determinações judiciais são da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal. De acordo com a PF, durante o ano de 2012, o grupo conseguiu criar 25 atletas fantasmas, "inclusive de alto rendimento e nível olímpico". A fraude teria movimentado R$ 810 mil à época – que ultrapassam R$ 1 milhão em valores atuais. A operação é chamada de "Havana". Isso porque o homem apontado como líder e outros membros do grupo são brasileiros nascidos em Cuba. A polícia não informou o nome dos investigados nem o cargo deles, mas afirmou que não há indício de participação de mais pessoas, além dos seis investigados. Questionada, a PF também não explicou como funcionava a insersão das informações falsas no sistema. A corporação informou apenas que o desvio do dinheiro era articulado por um servidor terceirizado do ministério. Criado em 2005, o Bolsa Atleta é um programa do governo federal que financia atletas para que se dediquem ao esporte. Os auxílios vão de R$ 370 a R$ 15 mil mensais e são pagos por meio da Caixa. O orçamento para o programa neste ano é de R$ 125,79 milhões. *Com informações do G1 Foto: José Cruz/Agência Brasil