Ato histórico de mulheres defende o direito de Lula ser candidato

Encontro na praça pública reuniu milhares de pessoas em Porto Alegre, um dia antes do julgamento do recurso do ex-presidente.

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Encontro na praça pública reuniu milhares de pessoas em Porto Alegre, um dia antes do julgamento do recurso do ex-presidente. Por Mariana de Mattos Pires, de Porto Alegre, especial para a Fórum “Nós, mulheres, achamos que o Lula é inocente!”, afirmou a ex-presidente Dilma Rousseff, durante o ato de mulheres pela Democracia e pelo Direito de Lula ser Candidato, nesta terça-feira (23), em Porto Alegre/RS. Dilma foi ovacionada pelos quase três mil presentes e agradeceu ao cordão de segurança feito por mulheres dos movimentos sociais que garantiu sua chagada até o caminhão. O encontro, inicialmente, aconteceria no auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa do RS, mas, por falta de energia, passou para a rua, ocupando a Praça da Matriz, das 11 às 13 horas.  Candidatas, sindicalistas, deputadas, senadoras, prefeitas, governadoras e ministras lutadoras de diferentes partidos e organizações manifestaram suas opiniões e defenderam que: Eleições sem Lula é fraude! Ajude a Fórum a fazer a cobertura do julgamento do Lula. Clique aqui e saiba mais. As mulheres lembraram que elas sempre estiveram à frente da luta e resistência pela democracia no Brasil, desde a ditadura até o início da implementação do golpe parlamentar midiático de 2016. Além das pautas femininas de legalização e descriminalização do aborto, reorganização do mundo do trabalho e construção de igualdade de gênero, elas também pedem uma nação livre da intervenção do sistema financeiro internacional. Pedem que a justiça seja neutra e não aceite condenação sem prova, pois o que está em jogo é defender a candidatura de Lula para que o povo brasileiro possa escolher, nas urnas, o programa de governo que o melhor represente. O julgamento ocorre, nesta quarta-feira (24), pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Segundo Dilma, o julgamento de Lula é a próxima etapa do golpe porque eles não têm candidatos para concorrerem com o sindicalista. Na última pesquisa apontada, Lula tinha acima de 40% das intenções de votos na maioria das cidades brasileiras. “Isso é uma perseguição política!”, enfatizou. “Se a Justiça é capaz de perseguir um cidadão brasileiro, é capaz de fazer isso com qualquer cidadão e cidadã”, completa. A reforma da Previdência foi um dos pontos mais criticados pelas falas. As mulheres são contra o projeto de Temer. Para elas, esse programa de governo que retira direitos da Saúde, Educação e destrói as políticas públicas sociais jamais seria votado pela população. “Estar com Lula, hoje, significa ter o direito de escolher uma nação”, disse a ex-ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Também participaram do ato a senadora e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, a ex-ministra de Políticas para Mulheres Eleonora Menicucci, as deputadas Benedita da Silva (PT), Manuela D’Ávila (PCdoB) e Alice Portugal (PCdoB). Fotos: Ireno Jardim e Mariana de Mattos Pites/Rede Fórum