Bancada de vereadores do PT quer CPI para investigar contratos de Doria para iluminação pública

Denúncia de corrupção envolve dois secretários e Denise Abreu, diretora do Departamento de Iluminação Pública (Ilume), que foi cabo eleitoral de Doria

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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[caption id="attachment_129539" align="alignnone" width="3475"] Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil[/caption] Por iniciativa do vereador Alfredinho, a bancada de vereadores do PT de São Paulo ingressou com um pedido de CPI para investigar denúncias de corrupção envolvendo a Parceria Público-Privada (PPP) da iluminação na capital. O prefeito João Doria (PSDB) estaria no centro do escândalo em que aparecem também, segundo áudios divulgados pela Rádio CBN, o secretário de Governo, Júlio Semeghini, o secretário de Serviços e Obras, Marcos Penido, e sua antiga cabo eleitoral Denise Abreu, de acordo com informações da Rede Brasil Atual. Denise foi nomeada por Doria, em janeiro de 2017, diretora do Departamento de Iluminação Pública (Ilume), ligado à Secretaria Municipal de Serviços e Obras. Os áudios indicam que a ex-servidora recebia propina do consórcio FM Rodrigues, que levou um contrato de R$ 7 bilhões com a prefeitura em uma PPP. Denise foi exonerada na quarta-feira (21). Além do pedido de CPI, correm investigações no Ministério Público do Estado, no Tribunal de Contas do Município (TCM) e na Controladoria-Geral do Município (CGM). Atual responsável pela manutenção dos postes de iluminação de São Paulo, a FM Rodrigues teria recebido privilégios para a celebração do contrato mediante pagamento de propinas. É da diretora de Materiais do Ilume, Viviane Anaya de Castro, uma das vozes veiculadas em reportagem da emissora. Ela indica que 10% do valor do contrato da empresa com a prefeitura iria para o pagamento de propinas. “Espero que suspenda (a PPP). Porque é muita roubalheira, sabe? Essa PPP é muita roubalheira, é muita roubalheira. Ela (Denise) vai lucrar um monte”, diz. A história controversa de Denise não é recente. Em 2014, a mulher de confiança de Doria foi denunciada pelo Ministério Público Federal como uma das responsáveis pelo acidente no Aeroporto de Congonhas de 2007, que matou 199 pessoas. Na época, ela era diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e foi inocentada no ano seguinte. Pré-candidata à prefeitura no ano passado pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB), Denise desistiu do pleito e aderiu à campanha do tucano.