Bancada do PT vai usar gravações da Vaza Jato como novo recurso contra Dallagnol no CNMP

A defesa de Lula também pretende utilizar o recurso na ação que tramita no STF sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro

Foto: Reprodução/YouTube
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A bancada do PT na Câmara dos Deputados vai fazer nova representação contra o procurador Deltan Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) a partir das informações divulgadas nesse domingo (8) pela nova reportagem da Vaza Jato. A defesa de Lula também pretende utilizar o recurso na ação que tramita no STF sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro. Se você curte o jornalismo da Fórum clique aqui. Em breve, você terá novidades que vão te colocar numa rede em que ninguém solta a mão de ninguém Ao todo, 22 gravações sigilosas foram feitas de telefonemas do ex-presidente Lula na época do governo de Dilma Rousseff. Na época, no entanto, apenas uma das conversas foi divulgadas, o telefonema no qual Dilma Rousseff avisava a Lula sobre seu termo de posse ao ministério da Casa Civil. No entanto, de acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo e do The Intercept Brasil no último domingo, outras conversas indicavam que Lula não queria aceitar o convite de Dilma para ser ministro e só o aceitou após sofrer pressões de aliados. Na época, os procuradores da Lava Jato, assim como Moro, acreditavam que Lula aceitaria para escapar das acusações contra ele na operação. Com as novas gravações, a tese de Moro é enfraquecida. Em nota divulgada no domingo (8), os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska T. Zanin Martins, que atuam na defesa do ex-presidente Lula, afirmam que a mais recente reportagem da Vaza Jato “auxilia a reconstrução da verdade histórica e expõe as grosseiras ilegalidades praticadas pelo ex-juiz Sergio Moro e pelos procuradores da Lava Jato”. Para os juristas, “os habeas corpus que aguardam julgamento no Supremo Tribunal Federal tratando da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Lava Jato são de grande importância para restabelecer o Estado de Direito e para dar a Lula a possibilidade de um julgamento justo”.