A "piada" do presidente Jair Bolsonaro considerada como homofóbica foi alvo de críticas não apenas do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) - que pretende processar o ex-capitão -, mas também de parlamentares que integram a bancada do estado no Congresso Nacional.
“Na agenda de Bolsonaro aqui no Maranhão tinha inauguração de tapa buracos e de um panelódromo. Aí ele aproveitou a vinda para proferir piada homofóbica contra maranhenses. Escolheu o estado para agredir com homofobia. Preconceito e desrespeito”, disse o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), vice-líder do partido na Câmara.
“As fotos de Bolsonaro no Maranhão o mostram em total desrespeito ao nosso povo. Sem máscara e fazendo piadinha preconceituosa. Um estúpido, nosso repúdio”, completou.
“Agora eu virei boiola. Igual maranhense, é isso?”, disse o presidente em visita ao estado. “Guaraná cor-de-rosa do Maranhão aí, quem toma esse guaraná aqui vira maranhense”, emendou depois Bolsonaro, mostrando a bebida.
Os deputados federais Bira do Pindaré (PSB) e Rubens Jr (PCdoB) - ambos candidatos à Prefeitura de São Luís - também condenaram a postura do presidente nas redes.
"Repudio com veemência as piadas homofóbicas do presidente, durante passagem por São Luís. Esse sujeito foi eleito para presidir o país, mas insiste em desrespeitar e colocar em risco a vida da população. Bolsonaro precisa parar com as atitudes infames e começar a governar o país", disse o parlamentar do PSB.
"Eu gosto de Jesus. Ele não! Bolsonaro vem ao Maranhão, não inaugura uma obra e ainda desrespeita o maranhense! São Luís vai responder com um grande #ForaBolsonaro dia 15 de novembro", tuitou Rubens, que publicou um vídeo bebendo o Guaraná.
Apesar de algumas reações, o presidente foi cortejado por alguns parlamentares maranhenses na visita, como o senador Roberto Rocha (PSDB) e os deputados federais Aluísio Mendes (PSC), Cléber Verde (Republicanos), Edilázio Júnior (PSD), Juscelino Filho (DEM) e Pastor Gildenemyr (PL).