Barroso libera Polícia Federal para cruzar dados de inquéritos sobre Temer

Em um dos inquéritos, o emedebista está sendo investigado por um suposto acerto de R$ 10 milhões da Odebrecht para o MDB, em um jantar realizado no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer

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[caption id="attachment_138872" align="alignnone" width="700"] Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil[/caption] Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou a Polícia Federal, nesta terça-feira (20), a cruzar informações de dois inquéritos nos quais Michel Temer está entre os investigados. Um deles foi instaurado para investigar supostas irregularidades no chegado decreto dos portos. A suspeita é que Temer tenha editado a medida para beneficiar empresas. No outro, está sendo investigado por um suposto acerto de R$ 10 milhões da Odebrecht para o MDB, em um jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer. As informações são de Mariana Oliveira do G1. Segundo os delatores da Odebrecht, teriam participado da reunião no Jaburu Eliseu Padilha, o então presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, o ex-executivo Cláudio Melo Filho, e o então vice-presidente Michel Temer. O depoimento de Cláudio Melo Filho ao Ministério Público Federal (MPF) indica que Temer pediu “direta e pessoalmente" a Marcelo Odebrecht apoio financeiro para as campanhas do MDB em 2014. Com a decisão do ministro do STF, depoimentos, indícios e documentos sobre o caso dos portos também poderão ser avaliados na investigação sobre os repasses da Odebrecht. “Como se sabe, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal admite que elementos informativos de investigação criminal ou provas colhidas no bojo de instrução penal, ainda que sigilosos, possam ser compartilhados para fins de instruir outro processo criminal”, definiu Barroso.