Bia Kicis se diz surpresa com Bolsonaro: "Quantas vezes eu ouvi: 'você é minha irmãzinha'"

A deputada afirmou ainda que o governo perde muito mais do que ela com a sua saída da vice-liderança da Câmara

Foto: Reprodução
Escrito en POLÍTICA el

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) falou, em entrevista para o site bolsonarista Terça Livre, nesta quinta-feira (23), que o governo perde muito mais do que ela com a sua saída da vice-liderança da Câmara.

Kicis disse ainda que não gostou da maneira como o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) conduziu o processo. “Ele podia ter me dado uma ligada, porque ele fala assim: ‘pô, Bia, você é minha irmãzinha’”, afirmou.

A deputada afirmou: “sinto dizer com toda humildade aqui, viu gente? O governo perde muito, porque vai ser difícil ter um vice-líder que lute tanto pelo governo como eu luto. Eu fiquei triste mais foi com a forma como aconteceu, porque pela minha saída em si o governo perde muito mais do que eu”.

Bia Kicis disse ainda que “poderia ser destituída, se o Bolsonaro acha que eu não devo mais permanecer, mas eu acho que ele podia ter me dado uma ligada, porque ele fala assim: ‘pô, Bia, você é minha irmãzinha’. Quantas vezes eu ouvi: ‘você e minha irmãzinha, você e minha irmãzinha’. Quantas vezes ele fez coisa das quais eu discordei, mas que não eram coisas morais ou ilegais, não, ele tinha uma atitude que eu discordava, mas tudo a gente resolve conversando. Então eu fiquei surpresa com a atitude que não partiu dele, mas ele assinou, lamentavelmente”, completou.

https://twitter.com/gentedemal/status/1286324589786783751

Destituída

Bolsonarista radical, Bia Kicis foi destituída na noite desta quarta-feira da vice-liderança do governo na Câmara. A queda de uma das mais importantes integrantes da tropa de choque do presidente Jair Bolsonaro foi motivada por sua postura na votação do novo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

Kicis foi um das sete parlamentares da base do governo que contrariou a orientação e votou contra a proposta, aprovada na última terça (21). Depois de ter atuado para boicotar, desidratar e até impedir a votação do novo Fundeb, diante da derrota iminente, o governo Bolsonaro resolveu, na última hora, apoiar a medida e orientou voto pela aprovação.

Temas