Bilionário que Bolsonaro colocou na Saúde defende cloroquina, mas é a favor de isolamento social

O empresário Carlos Wizard confirma que nunca teve experiência alguma no setor

Bolsonaro e Carlos Wizard (Reprodução)
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O empresário Carlos Wizard Martins, 63, contratado pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) para assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, assim como seu chefe, defende o uso da cloroquina no combate ao coronavírus, mas é a favor do isolamento social.

Wizard, que é fundador de escola de inglês cujo nome ele anexou ao seu posteriormente, não é médico nem e ligado à área da Saúde. Mesmo assim, entre as suas estratégias no combate ao coronavírus, disse ver o uso do kit que inclui cloroquina para casos leves como uma das soluções para frear a curva ascendente no Brasil.

"Vejo [a adoção de cloroquina] de uma forma muito tranquila, segura, com bastante convicção e sem qualquer margem de dúvida. As pessoas pensam que a cloroquina foi lançada em 2020, pelo contrário: faz 70 anos que esse medicamento está no mercado. Está sendo consumido pelo mundo inteiro", afirma Wizard.

A OMS (Organização Mundial da Saúde), por sua vez, diz não haver comprovação científica de que o remédio reduza a mortalidade.

Por outro lado, ao contrário do presidente, ele aponta que o tratamento precoce deve ser feito junto a medidas de isolamento e de higiene e ao aumento da testagem.

"Nós temos que tomar as devidas precauções. Defendo isolamento social, defendo que a pessoa deve usar máscara, luva, ter todas as precauções. Não é só cloroquina, é um kit com outros medicamentos", afirma o empresário. " É diagnóstico, testagem e tratamento precoce."

Wizard é listado como bilionário pela revista Forbes e ainda não tem experiência em gerenciamento público ou na área da saúde. Sua fortuna é estima em R$ 2,8 bilhões. Ele diz que deverá contribuir com sua expertise em gestão e promete doar o salário.

Com informações do UOL