BMG demite Marcelinho após repúdio de corinthianos ao seu encontro com Bolsonaro

Torcida reagiu furiosamente à publicação em que o craque, um dos maiores ídolos do clube, levou uma camiseta alvinegra ao presidente, que é palmeirense e havia se negado a vestir o uniforme semanas atrás

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O encontro entre o ex-futebolista Marcelinho Carioca e o presidente Jair Bolsonaro é um dos temas mais comentados desta quarta-feira (29) nas redes sociais. Especialmente porque o craque levou uma camiseta do clube para que o presidente a vestisse – Bolsonaro é palmeirense e já havia se negado a vestir a camiseta alvinegra outras vezes.

Porém, ao parecer, essa repercussão não tem sido nada boa para o ex-atleta, um dos maiores ídolos da história do clube, mas que tem colecionado repúdios nesta tarde, de outros nomes históricos do Corinthians, como Casagrande e Ralf, e de muitíssimos torcedores.

Tanta insatisfação fez com que o banco BMG (principal patrocinador do Corinthians) rescindir o contrato de Marcelinho, que ostentava até então o título de embaixador da parceria entre o clube e a marca.

“O Banco BMG esclarece que é apenas patrocinador e parceiro do Sport Club Corinthians Paulista, não tendo nenhuma responsabilidade por ação isolada de terceiros envolvendo a marca da instituição”, informou o comunicado da empresa, no qual informa que o contrato com Marcelinho foi encerrado.

O clube Corinthians também manifestou posição semelhante: o próprio presidente Andrés Sanches disse em entrevista que Marcelinho não possui nenhum vínculo de trabalho atualmente, a não ser o fato de ter sido um ídolo do clube no passado.

Em 2014, Marcelinho chegou a ser candidato a deputado estadual em São Paulo pelo PT, e já fez elogios públicos ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, mas nesta quarta, ele decidiu visitar Bolsonaro e apoiar a chamada MP do Futebol, com a qual o governo pretende prejudicar a Globo e tirar dela os direitos de transmissão do futebol.

“Nação corintiana, aqui o nosso presidente, Jair Messias Bolsonaro, com a camisa do Coringão. Isso é democracia, isso é defender a MP do Futebol, isso é valorizar o futebol feminino (…) É palmeirense, mas ele quer que todos os clubes tenham a liberdade para fazer os seus jogos, poder trazer os craques de futebol de volta ao nosso país e abrilhantar o futebol”, disse o craque corinthiano, nesta quarta.