Bolsonaro ataca desfile da Mangueira: "Estão buscando uma imagem no Rio para me atingir"

O enredo da escola criticou a política armamentista do governo com o trecho “favela, pega a visão, não tem futuro sem partilha, nem Messias de arma na mão”

Desfile da Mangueira levou Jesus da Gente à Sapucaí (Reprodução)
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O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta terça-feira (25) sobre o desfile da escola de samba Mangueira na Sapucaí, no último domingo. O grupo fez uma releitura da biografia de Jesus, representado como mulher, negro, gay e índio, além de criticar a política armamentista do governo. Para Bolsonaro, o enredo foi pensado para atingi-lo.

"Vamos ver a reação do povo aí. Um dia vou ter alguma vaia também, né? E a imprensa vai divulgar. [O jornal] 'Folha de S.Paulo', hoje, foi buscar uma imagem no carnaval do Rio, uma imagem de uma escola de samba desacatando as religiões, né? Cristo levando uma batida de policial. Faz uma vinculação comigo. Estão buscando uma imagem no Rio para me atingir", afirmou o presidente.

O comentário de Bolsonaro foi feito enquanto durante uma caminhada na Praia Grade, litoral sul de São Paulo, transmitida nas redes sociais do presidente. No Twitter, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, reforçou as críticas à escola de samba.

"Sou defensor da liberdade de expressão, valor importante na democracia, mas como cristão não creio ser razoável usar a figura de Jesus, filho de Deus, da forma que a escola de samba Mangueira fez!. Independentemente dos que acreditam ou não, respeitem os católicos e cristãos”, escreveu.