O presidente Jair Bolsonaro voltou a celebrar uma medida tomada contra o ex-deputado federal e ativista Jean Wyllys nesta terça-feira (28). O senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou um convite para que o ex-parlamentar comente sobre as "denúncias" do Gabinete do ódio contra ele.
Bolsonaro usou um emoji de sinal positivo em resposta a um tuíte do portal bolsonarista Jornal da Cidade Online que trazia uma publicação com o título "Senador protocola requerimento de convocação de Jean Wyllys para se explicar sobre caso Adelio".
O convite - e não uma convocação - tem a ver com o que foi propagado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), O filho do presidente disse que Wyllys “esteve com Adélio Bispo”. A líder do PSOL na Câmara, Fernanda Melchionna, considerou a medida "escandalosa". “Eu acho que é extremamente grave que eles tentem criminalizar uma vítima que já sofreu muito por conta das fake news dessa extrema direita, que obviamente é vinculada ao gabinete do ódio”, disse ao Congresso em Foco.
O emoji de sinal de positivo foi usado pelo presidente também no dia em que Wyllys anunciou que sairia do país, em 24 de janeiro de 2019, em razão das ameaças que estava sofrendo. Bolsonaro tuitou a seguinte mensagem: "Grande dia! ?".
À Fórum, Wyllys comentou sobre os ataques do gabinete do ódio e disse que trata-se de mais uma mentira contra ele. “Esse canalha, como membro de uma organização criminosa, só podia fazer isso mesmo, atacar o adversário dele usando o recurso que eles usam sempre: a mentira e, ao mesmo tempo, atacando a oposição política, porque além de atacar Moro, que na cabeça deles é um traidor, eles também estão atacando a posição política na minha figura, na do Glenn [Greenwald] e do David [Miranda]”, afirmou Wyllys.
