Bolsonaro decide efetivar Pazuello após Brasil atingir 132 mil mortes por coronavírus

O ministro evitou confrontar Bolsonaro durante a pandemia e viu os números de vítimas fatais dispararem

O ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello (Foto: Divulgação)
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O presidente Jair Bolsonaro decidiu, nesta segunda-feira (14), que o general Eduardo Pazuello não terá mais o status de "interino" em seu governo e vai se tornar Ministro da Saúde efetivo. O militar chegou ao posto em maio após a demissão de Nelson Teich.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, Pazuello estaria resistente à nomeação como efetivo, mas foi convencido por Bolsonaro. Uma cerimônia de posse deve ser realizada na quarta-feira (16). Convites já estariam sendo distribuídos entre ministros.

Nesta segunda-feira (14), o Brasil chegou a 132.006 mortes provocadas pelo Sars-Cov-2. O país é o segundo no mundo com mais mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos confirmados (4.345.610), superado somente por EUA e Índia.

Em setembro, o país superou Reino Unido e Suécia e se tornou o sexto país do mundo com mais mortes por milhão de habitantes - uma estatística que vinha sendo usada pelo governo Bolsonaro para dizer que o país não havia sido tão afetado.

A maioria das mortes ocorreram sob a gestão de Pazuello, que evitou confrontar o presidente Jair Bolsonaro em temas como uso da hidroxicloroquina - que não tem eficácia comprovada - e distanciamento social e acabou tirando o protagonismo do Ministério da Saúde no enfrentamento da pandemia.

O médico Pedro Diniz, da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, usou as redes sociais para criticar a efetivação. "O maior sistema de saúde pública do mundo na mão de assassinos", tuitou.

https://twitter.com/Oparbento1/status/1305654719709351936