Bolsonaro derruba investimento em programa de atletas das Forças Armadas em 94%

Projeto foi criado pelo ex-presidente Lula em 2008 e busca aprimorar equipes olímpicas e militares

A nadadora Joanna Maranhão foi uma das participantes do FAAR | Foto: CBDA
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O governo Bolsonaro fez uma redução de 94% nos aportes financeiros ao Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento às Forças Armadas Brasileiras (PAAR), que permite que atletas olímpicos treinem em instalações militares com o objetivo de melhorar o desempenhos das equipes olímpicas e olímpicas militares. O programa foi criado em 2008 pelo governo Lula. Dados obtidos pela Folha de S. Paulo através da Lei de Acesso à Informação mostram que o PAAR recebeu R$ 10 milhões, em 2019, de acordo com orçamento aprovado ainda no sob o mandato de Michel Temer. Em 2020, a verba destinada pelo governo Bolsonaro é de R$ 600 mil, um valor 94% inferior ao do ano anterior e o menor desde a criação do programa. O general Jorge Antonio Smicelato, diretor do departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, reclamou do orçamento. "Temos que atender a várias frentes, como a de formação e os programas sociais. Então, eu manobro com o orçamento de R$ 600 mil", disse ao jornalista Carlos Petrocilo. A reportagem da Folha destaca que é comum que haja uma redução orçamentária em ano olímpico, porque o Comitê Olímpico Brasileiro arca com parte dos custos que o programa geralmente conduz, mas a queda nunca foi tão drástica. Além do corte nos investimentos em infraestrutura, o programa passa por processo de redução no número dos atletas beneficiados. Em 2018, eram 630 participantes, enquanto em 2019 são 534.