Bolsonaro diz que é possível perdoar o Holocausto

Declaração vem pouco tempo após o presidente dizer que o nazismo alemão foi um movimento de esquerda, tese que é refutada pelos próprios alemães e pelo Museu do Holocausto que o capitão da reserva visitou em Israel

Foto: Marcos Corrêa/PR
Escrito en POLÍTICA el
O presidente Jair Bolsonaro, mais uma vez, causou polêmica ao dar declarações que vão na contramão do entendimento histórico e que ofendem diretamente as vítimas do nazismo alemão. Nesta quinta-feira (11), em evento com evangélicos no Rio de Janeiro, o capitão da reserva afirmou que "nós podemos perdoar, mas não esquecer" o Holocausto - nome como ficou conhecido o genocídio de mais de 6 milhões de judeus promovido pelo regime nazista de Adolf Hitler. “Fui, mais uma vez, no Museu do Holocausto. Nós podemos perdoar, mas não podemos esquecer. É minha essa frase. Quem esquece seu passado está condenado a não ter futuro”, disse. Leia também Advogado pediu para museu arrancar árvore plantada por Bolsonaro em Jerusalém: “profanação do Holocausto” A fala de Bolsonaro vem apenas dez dias após a visita que fez ao Museu do Holocausto, em Israel, que ensina que o nazismo foi um movimento de extrema-direita. Mesmo assim, logo após conhecer o local, o presidente brasileiro reafirmou que o nazismo foi um movimento de esquerda. A posição do capitão da reserva gerou revolta entre judeus, entidades judaicas e defensores dos direitos humanos ao redor do mundo. Em entrevista à Fórum, um historiador alemão falou sobre como esse tipo de retórica sobre o nazismo de Bolsonaro repercute em seu país. Confira aqui.