Bolsonaro diz que não vai manter Dodge na PGR porque "mulher não", informa Noblat

Presidente se sustentaria em um argumento machista para decidir não manter Raquel Dodge como procuradora-geral da República

Rachel Dodge em lançamento do Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
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O jornalista Ricardo Noblat relatou em seu blog no site da revista Veja, nesta segunda-feira (2), que o presidente Jair Bolsonaro estaria utilizando um argumento machista para justificar sua suposta inclinação para decidir pela não manutenção de Raquel Dodge como procuradora-geral da República. "Por que ela é mulher", seria o argumento do presidente. "Bolsonaro acha que negociar com mulher é sempre mais complicado. E ele quer na Procuradoria uma pessoa que obedeça às suas ordens sem discussão", escreveu Noblat. Favorito O favorito de Jair Bolsonaro para a assumir o lugar de Dodge na PGR em setembro é o subprocurador Antônio Carlos Simões Martins Soares. Ele já respondeu a um processo por delitos contra a fé pública. Soares foi acusado de falsificar a assinatura de um advogado em 1995. O STF concedeu habeas corpus e o processo foi encaminhado ao STJ, mas o caso acabou prescrevendo e o subprocurador não foi julgado. Dentro do Ministério Público Federal (MPF), Simões é visto como “desconhecido” por todas as alas que compõem a Procuradoria. A rejeição a ele é tamanha que ministros do STF temem que ele passe por momentos de isolamento e resistência. O coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, por exemplo, já tem se pronunciado contra a indicação deste que é o nome mais cotado ao cargo.