Bolsonaro diz que nunca pregou ódio e Jean Wyllys ironiza: "Nunca cuspi em fascista"

O candidato do PSOL cuspiu no rosto de Bolsonaro em 2016 após ele fazer homenagem a um torturador em plena Câmara dos Deputados

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O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) reagiu com ironia à declaração do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) sobre pregar ódio. Em entrevista ao jornalista Augusto Nunes, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (24), o capitão da reserva disparou: "Nunca preguei o ódio". "Dizem que Bolsonaro agride gays, negros, mulheres. Me aponte um áudio, uma imagem minha agredindo alguém", completou. O deputado do PSOL, então, ironizou. "Nunca cuspi em fascista", escreveu, remetendo ao episódio em que cuspiu na direção de Bolsonaro durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff em abril de 2016. Na ocasião, ao proferir seu voto, o candidato do PSL fez uma homenagem a Carlos Alberto Brilhante Ustra, diretor do DOI-Codi à época da ditadura militar e reconhecido pela Comissão Nacional da Verdade como torturador. Wyllys alega que foi provocado por Bolsonaro antes de dar a cusparada e que não se arrepende do gesto. "Nunca preguei o ódio" Em meio a intensa mobilização online contra Bolsonaro, inúmeros vídeos e declarações preconceituosas ou agressivas do candidato voltaram à tona, como quando ele afirmou que a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) não "merecia ser estuprada" por ser "feia" ou quando disse que "ter filho gay é falta de porrada". Nesta semana, um vídeo que compila declarações preconceituosas de Bolsonaro com relação aos nordestinos viralizou nas redes.