Bolsonaro diz que pedirá liberação de 20 minutos da reunião ministerial de 22 de abril

O presidente disse que a AGU vai atuar para que seja divulgado apenas um trecho do encontro

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Durante transmissão ao vivo realizada na noite desta quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro disse que não teria problema se fossem divulgados dois trechos do vídeo da polêmica reunião ministerial de 22 de abril, alvo de inquérito da Polícia Federal aberto pela Procuradoria-Geral da República.

"Vocês vão cair do cavalo", afirmou o presidente. Segundo ele, a Advocacia-Geral da União vai apresentar uma petição na sexta-feira pedindo que apenas 20 minutos do vídeo sejam tornados públicos.

Segundo Bolsonaro, há "dois trechos de 30 segundos" que interessam ao processo, mas não vê problema em divulgar "um contexto". "Da minha parte eu autorizo divulgar os 20 minutos, até para ver dentro do contexto. O restante a gente vai brigar", afirmou.

"A gente espera que haja sensibilidade do relator de que é uma reunião reservada. [...] Espero que o ministro Celso de Mello decida rapidamente isso aí, libere os 20 minutos e não permita liberar o restante para evitar problemas, até com outros países citados aí", afirmou.

Em outros trechos da gravação, o presidente teria feito apelo desesperado a ministros - "a barca está afundando" - e sugerido até mesmo armar a população contra governadores. Ministros ainda teriam ofendido o STF e defendido a prisão de gestores estaduais e prefeitos.

Os deputados federais Reginaldo Lopes (PT-MG) e Marcelo Freixo (PSOL-RJ) se mobilizam no STF e na Câmara dos Deputados para conseguir publicizar o vídeo inteiro do encontro, que está em sigilo temporário por determinação do ministro Celso de Mello.

https://www.youtube.com/watch?v=S28DvOuB6cM