Bolsonaro diz que vai sancionar aumento no fundo eleitoral por medo de impeachment

Em sua live semanal, o presidente também reclamou das críticas que vem sofrendo e da pressão para vetar o projeto

Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Em sua live semanal nesta quinta-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro voltou atrás com a decisão de vetar o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para 2020 e mencionou ter medo de sofrer um processo de impeachment. Ele citou ainda o artigo da Constituição que trata das situações em que um presidente da República pode cometer crime de responsabilidade. "O Congresso pode entender que eu, ao vetar, atentei contra esse dispositivo constitucional e isso se tornar um processo de impeachment contra mim. Eu estou aguardando o parecer final da minha assessoria jurídica, mas o preliminar é que eu tenho que sancionar", afirmou durante a transmissão. Na live, Bolsonaro também mencionou que é contrário ao fundo eleitoral, mas se disse "escravo da lei". Ele reclamou, ainda, das críticas que vem sofrendo e da pressão sobre ele para vetar o projeto. Enquanto isso, parlamentares do "centrão" se divertem com a crise no governo de Jair Bolsonaro, agravada por conta das investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) contra Flávio Bolsonaro, envolvendo esquemas de corrupção em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Líderes dos partidos mencionam, ainda, que governo enfrenta diversas contradições, como é o caso da reviravolta na decisão do presidente sobre o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões.