Bolsonaro estuda colocar Força Nacional para reprimir atos pró-democracia no domingo

Decisão cabe ao governo do DF. Até o momento, nenhuma medida do governo foi tomada para conter atos golpistas

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Uma reunião entre representantes do governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) e do governo do Distrito Federal vai decidir o eventual emprego da Força Nacional de Segurança Pública nas manifestações antifascistas programadas para acontecer no próximo domingo, na Esplanada dos Ministérios.

O pretexto para o uso da Força Nacional, seria para proteger prédios públicos do local. Os órgãos de inteligência do governo federal estão monitorando a situação e, caso considere haver risco para as instalações federais, o Gabinete de Segurança Institucional poderá acionar o Ministério da Justiça e Segurança Pública e requisitar o uso da Força.

O pedido, contudo, ainda não foi feito e autorizado. A responsabilidade pela atuação do policiamento ostensivo na Esplanada é da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Bolsonaro afirmou em live nas suas redes sociais, nesta quinta-feira, que “marginais” marcaram manifestações para domingo e alertou ainda que o governo federal e governadores com compromisso com a democracia estariam preparados para reagir caso “esse pessoal ultrapasse o limite da racionalidade”.

Lideranças de seis partidos do Senado, entretanto, divulgaram nota para pedir que as pessoas não protestem no domingo diante da preocupação do avanço do novo coronavírus no país e o suposto discurso autoritário do governo.

Essa não seria a primeira vez que a Força Nacional seria empregada na Esplanada dos Ministérios. Ano passado, por exemplo, o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorizou o emprego dela em abril diante de manifestações de indígenas na capital do país.

Prevista inicialmente em decreto de 2004, a Força Nacional é composta por policiais militares, civis, bombeiros militares e peritos dos Estados e do DF e atuam na preservação da ordem pública, segurança das pessoas e patrimônio, além de calamidades.

Com informações da Reuters