Bolsonaro impõe sigilo sobre visitas de Frederick Wassef e de lobistas no Planalto

O GSI tem barrado questionamentos feitos pela Câmara dos Deputados

Jair Bolsonaro - Foto: Isac Nóbrega/PR
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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, comandado pelo general Augusto Heleno, tem barrado pedidos de informação feitos pela Câmara dos Deputados que questionam a presença de lobistas e do advogado Frederick Wassef no Palácio do Planalto.

Segundo reportagem do jornalista Patrik Camporez, do Estado de S.Paulo, o GSI tem utilizado um parecer da Controladoria-Geral da União (CGU) para negar os questionamentos feitos pelo Legislativo sobre as reuniões secretas mantidas pelo presidente Jair Bolsonaro. A prática contraria a Lei de Acesso à Informação (LAI), segundo o presidente da ONG Contas Abertas, Gil Castelo Branco.

A CGU negou, em dezembro de 2019, informações à Câmara sobre a presença de três lobistas do setor de armas no Planalto. Os representantes do setor seriam figuras corriqueiras na sede da Presidência antes de votações importantes.

O GSI se aproveitou do documento para negar questionamentos sobre lobistas estadunidenses antes da cessão da Base de Alcântara, além de representantes do setor de medicamentos e de energia em outras oportunidades.

As visitas de Wassef também foram preservadas. O advogado se afastou da defesa do senador Flávio Bolsonaro no processo das rachadinhas, mas segue se colocando como advogado do presidente.