Alvo de mais um inquérito, Bolsonaro insinua que TSE interveio na PF

O presidente voltou atacar o tribunal após Alexandre de Moraes determinar abertura de nova investigação contra ele

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O presidente Jair Bolsonaro voltou a disparar ataques contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante transmissão ao vivo realizada nesta quinta-feira (12). O mandatário insinuou, sem provas, que o TSE interveio na Polícia Federal (PF) para interromper inquérito sobre suposta invasão hacker.

"Esse inquérito começou em novembro de 2018. 2 anos e meio. Por que não chegou no final? Ao que tudo indica, não posso afirmar, por interferência. Porque todas as informações que o delegado precisava do TSE, ele obteve", disse durante a live. A divulgação desse inquérito - sigiloso e não-concluído - por Bolsonaro provocou a abertura de uma nova investigação contra ele no Supremo Tribunal Federal, determinada por Alexandre de Moraes.

"Ao invés do senhor Alexandre de Moraes e do senhor Barroso colaborarem com as investigações... Por que o inquérito parou? Parou por quê? Interferência do TSE? Não é a primeira vez que se tem notícia de possíveis fraudes nas eleições", completou.

Segundo Bolsonaro, as novas medidas de segurança do TSE não adiantam porque o tribunal não teria impedido a invasão hacker investigada pela PF. "O hacker tava lá dentro, talvez até com a conivência daquela cúpula minúscula do TSE que tá lá há quase 20 anos", declarou.

Bolsonaro voltou a dizer que o invasor teria conseguido o código-fonte das urnas, mas voltou a distorcer as investigações para afirmar algo contra o TSE que não foi apontado pela PF. O código-fonte que teria sido obtido não permitiria qualquer alteração no resultado da apuração.

O presidente insinuou ainda que teria apresentado "provas" que comprovassem suposta fraude ao divulgar o inquérito da PF. "Queriam provas? Eu apresentei provas. Eu devia ser elogiado pelo ministro Barroso e pelo ministro Alexandre de Moraes. 'Parabéns, Bolsonaro'", lamentou.