Bolsonaro já busca descolar de Moro: Confiança 100% só em pai e mãe

Comentando sobre a demissão do ex-ministro, general Santos Cruz, da Secretaria de Governo, Bolsonaro fez questão de dizer que "todo mundo pode ser demitido"

Bolsonaro e Sérgio Moro (Foto: Divulgação/MJSP)Créditos: Presidência da República
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Em rápida entrevista no Palácio do Planalto, em Brasília, neste sábado (15), Jair Bolsonaro (PSL) deu mostras que o ministro da Justiça, Sergio Moro, não tem todo seu apoio, diante do lamaçal em que se meteu com as conversas divulgadas pelo site The Intercept. "Eu não sei das particularidades da vida do Moro. Eu não frequento a casa dele. Ele não frequenta a minha casa por questão até de local onde moram nossas famílias. Mas, mesmo assim, meu pai dizia para mim: Confie 100% só em mim e minha mãe", disse Bolsonaro. Comentando sobre a demissão do ex-ministro, general Santos Cruz, da Secretaria de Governo, Bolsonaro fez questão de dizer que ninguém é inabalável no cargo. "Todo mundo pode ser [demitido]. Muita gente se surpreendeu com a saída do general Santos Cruz. Isso pode acontecer. Muitas vezes, a separação de um casal você se surpreende: 'Mas viviam tão bem!'. Mas a gente nunca sabe qual a razão daquilo. E é bom não saber. Que cada um seja feliz da sua maneira". Crimes Sobre os possíveis crimes cometidos por Moro, ao orientar os investigadores da Lava Jato no processo contra o ex-presidente Lula, o presidente desconversou, dizendo que o ex-juiz foi responsável "por buscar uma inflexão na questão da corrupção". "Tem um crime de invadir o celular do caboclo lá [Deltan]. E outra, tem programa que eu tive acesso de você forjar conversa e ponto final. O que interessa? O Moro foi responsável, não por botar um ponto final, mas por buscar uma inflexão na questão da corrupção", disse o presidente. "E mais importante: [Moro] livrou o Brasil de mergulhar em uma situação semelhante a da Venezuela. Onde estaria em jogo não o nosso patrimônio, mas a nossa liberdade", completou.