“Bolsonaro não respeita limites institucionais e desconhece imperativos morais”, afirma Dilma

A ex-presidenta tuitou: “Só nos regimes autoritários e fascistas o presidente ameaça prender, homenageia a tortura e se vangloria dos assassinatos cometidos durante a ditadura”

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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A ex-presidenta Dilma Rousseff declarou que as afirmações de Jair Bolsonaro deixam claro a falta de respeito aos limites institucionais e morais. Em sua conta no Twitter, ela disse que “deliberadamente, Bolsonaro não respeita limites institucionais e desconhece imperativos morais”. Além disso, “sente-se autorizado a ameaçar de prisão o jornalista americano Glenn Greenwald, que vive com sua família no Brasil e vem denunciando os desmandos da Lava jato e do ministro da Justiça”. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo. Em relação aos ataques de Bolsonaro contra o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, que teve seu pai assassinado pela ditadura militar, a ex-presidenta classificou como “vergonhosa” e “desumana”. Veja a sequência de tuítes de Dilma Rousseff: 1-Deliberadamente, Bolsonaro não respeita limites institucionais e desconhece imperativos morais. Sente-se autorizado a ameaçar de prisão o jornalista americano Glenn Greenwald, que vive com sua família no Brasil e vem denunciando os desmandos da Lava jato e do ministro da Justiça. 2-E se acha no direito de insinuar, de forma vergonhosa, cúmplice e desumana conhecer as condições do desaparecimento, ou melhor, do assassinato, durante a ditadura, de parente do presidente da OAB, instituição que cumpriu seu papel e preservou os direitos de um advogado. 3-Primeiro, a tentativa de intimidar com ameaça de prisão, ferindo a liberdade de imprensa; depois, a intimidação pelo terror, insinuando conhecer as condições do assassinato do pai do presidente da OAB em plena ditadura, em uma espécie de tácita e vergonhosa cumplicidade. 4-Ao misturar, mais uma vez, truculências e ameaças em declarações públicas, Bolsonaro insufla ódio e violência. Só nos regimes autoritários e fascistas o presidente ameaça prender, homenageia a tortura e se vangloria dos assassinatos cometidos durante a ditadura.